2 de julho de 2013

A Doida e a Careta # 383

Duda é tímida.
Mas logo se solta.
Não é charme.
É da sua natureza espreitar o ambiente. Acho que quando chegar num lugar, mentalmente ela já grava onde é a saída de tão precavida que é.

Não saiu a mim. 

Não nesse quesito primeira impressão. 
Eu sempre chego causado e ela me suplica, ai mãe por favor.
Preciso insistir para ela me acompanhar em peraltices, ela encara o desafio, mas com uma cara de quem se desculpa: minha mãe é doida gente.
As amigas dela me adoram, ela acaba se divertindo, mas a gente vê como ela se sente envergonhada, que mãe mais assanhada...
Sentada aqui agora, pensando sobre isso, me lembro de como me sentia e ainda me sinto com a minha mãe, livre, jovem e desbocada. QUERIA MORRER.
A gente sempre acha que vai ser melhor que nossos pais né? Mas eu sou da forma da minha mãe e ela me ensinou muitas coisas e aprendi muito mais com o que me incomodava do que pude imaginar. 
Hoje adulta, vendo Duda soltar minha mão por que gritei alguma besteira, penso que mesmo não tendo roteiros a vida se repete. 
A louca da minha mãe me criou, que apesar de todas as besteira que fiz, tô aqui, feliz e de bem com a vida, criando um ser especial. 
Duda vai se adaptar, achar o seu espaço. Tem em seu DNA a força guerreira que move minha família  Ela é minha e tudo que eu puder farei por ela. Eu penso em como ela se sente e vou trabalhar para que ela se liberte, pra que o seu brilho ofusque o meu, tudo ao seu tempo.

Mas vamos combinar?
Para de ser careta DUDA! ;)




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